terça-feira, 31 de agosto de 2010

Estatísticas de atropelamentos de crianças em ruas ou estradas

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada ano cerca de 6 mil crianças morrem e outras 140 mil são hospitalizadas em decorrência de acidentes. Acesse os gráficos nos links laterais. Somente o trânsito é responsável por quase metade dessas mortes.
As crianças podem estar em maior ou menor risco de sofrer atropelamentos de acordo com a faixa etária ou o sexo. Por isso, é importante entender quem são as maiores vítimas conforme os itens que seguem:

Crianças menores de 5 anos

Os pedestres menores de cinco anos normalmente não apresentam índices significativos de taxas de mortalidade por atropelamento. Em parte isso pode ser explicado pela menor exposição de tais crianças, pois estariam sob vigilância e/ou em companhia mais intensa dos pais ou dos responsáveis.

Crianças de 5 a 10 anos

O atropelamento se destaca como a principal causa de morte por acidentes envolvendo crianças na faixa etária que oscila entre cinco a dez anos. Freqüentemente as crianças nesta idade estão iniciando a vida escolar, por isso apresentam uma "janela de vulnerabilidade" nas quais tanto as expectativas quanto as demandas dos adultos extrapolam as habilidades que essas mesmas crianças têm condições de oferecer, se visualizadas na condição de pedestres de quem se espera maturidade suficiente para realizar uma travessia com segurança. Assim, com os responsáveis superestimando as habilidades desse ser ainda em formação, a criança acima de cinco anos estaria, de certa forma, mais exposta aos perigos e, por essa razão, muito mais vulnerável a acidentes de trânsito.

Crianças e adolescentes acima dos 10 anos

O grupo etário acima dos dez anos apresenta redução do nível mortalidade por acidentes de trânsito, mas merece destaque igualmente pois se registram óbitos em 70% das vítimas acima de 10 anos causados por acidentes de trânsito envolvendo passageiros ou condutores de veículos automotores (VASCONCELOS e LIMA, 1998).

Meninos x meninas

Como acontece em outras ocorrências de morte por causas externas, na condição de pedestres os meninos se destacam como vítimas mais freqüentemente que as meninas.

Comportamentos específicos da criança no trânsito

A espontaneidade, característica fundamental da criança, revela-se de forma quase permanente no trânsito, o que determina que a criança está sujeita à uma vulnerabilidade muito específica, pois, em regra geral, o seu comportamento não é adaptado às exigências da circulação rodoviária, devido a sua falta de maturidade física e mental.
Façamos portanto, um exame às causas, que explicam e estão na base do comportamento da criança no trânsito, e que por outro lado, constituem importantes informações do elevado número de crianças envolvidas em acidentes de trânsito.

Assim no que diz respeito às causas físicas podemos enumerar:

1- A pequena estatura (dificuldade de enxergar a rua e a circulação, aos olhos do condutor, torna-se menos visível);
2- Campo de visão mais reduzido do que o do adulto ( 30% menor);
3- A percepção visual é uma capacidade não desenvolvida totalmente nas crianças (a maturação é atingida por volta dos 15/16 anos);
4- Reconhecimento da mão esquerda e direita ( lateralidade);
5- A acuidade auditiva não está completamente desenvolvida. Nos ruídos que se encontram à sua frente e à sua retaguarda, as crianças falham em 40% 50% dos casos. Nos que se localizam à sua direita e à  sua esquerda, falham ainda com mais freqüência.

No que se refere às causas psíquicas podemos salientar:

1- A dificuldade na orientação e concentração da atenção;
2- A criança é de natureza inquieta, “dominada por impulsos irresistíveis”;
3- Incapacidade de avaliação das distâncias (distância necessária para um veículo ficar imobilizado em segurança);
4- Incapacidade de avaliação das velocidades dos veículos ( só conseguida por volta dos 13 anos);
5- As crianças só vêm o que querem ver. A urgência para chegar ao destino pode levar a criança a atravessar a rua, mesmo vendo que um automóvel se encontra em movimento na estrada.;
6- O ver e ser visto pelos condutores é um comportamento de difícil compreensão para a criança.


Os dados acima mencionados foram retirados dos sites: http://www.criancasegurapedestre.org.br/oguia/entendendo-a-crianca-como-pedestre/1/quem-corre-risco.html e : http://www.domingosnotransito.pt/pais.htm  e  são de relevante importância para a compreensão da dinâmica dos acidentes de trânsito cujas vítimas são crianças.
                                                                    Marisol Oliveira.
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